25 de abr. de 2011

Conto - Shadows In Your Soul

Oi queridos leitores  (:
Hoje, irei mostrar uma espécie de conto, que teve inspirações em personagens criados por mim, e em mim mesma.
Foi feito basicamente ao som do St. Anger do Metallica. Gostaria muito que opinassem sobre ele ao terminar de ler, comentários serão SEMPRE bem vindos ^_^
Sem mais enrolações, aqui está ele:

Shadows In Your Soul

Para todos os lados que ela olha, só vê sombras.

(I’m Mad?)

Não só as suas sombras, mas também as sombras de tudo que está ao seu redor.

Mas o que mais a assusta são as sombras da sua alma.

(I’m Mad?)

Em um instante, ela vê tudo aquilo que é inimaginável. Em um instante, tudo está palpável diante de seus olhos; ela poderia tocar se quisesse.

Todos vem. Todos concordam com ela. Todos a compreendem.

Em outro instante, tudo se desfaz.

Todos esquecem.

Menos ela.

Que então fica ali, perdida.

Ao mesmo tempo em que sua razão grita que aquilo era mentira, uma ilusão, seus sentidos e sua memória estão lá par desmenti-la.

E ela entra em conflito consigo mesmo, perguntando-se:

“Eu sou louca?”

A insanidade lhe parece ser a única explicação razoável, já que ela é a única a lembrar-se. Quando aquelas 
pessoas lhe perguntam “Do que você está falando?”, ela acha que realmente perdeu sua mente.

(I’m really Mad??)

E ela perde-se em si mesma. Guarda-se dentro de si, se sufoca com informações demais, insanidades demais.

Não há fuga para si mesmo. Não há fuga para sua mente.

Nem mesmo a loucura lhe propicia isso.

(My God, I’m Mad?)

E com toda essa desorientação, ela se confunde: jura para si mesma que tudo aconteceu e é seu fardo de tudo lembrar (por que eu? Por que?), e em outros momentos se condenado por cogitar que isso seja verdade.

(But I’m not Mad!)

E é essa incerteza que a machuca, mais que tudo. Pergunta-se se os loucos também se acham sãos; se eles têm dentro de si esses pensamentos clamando “Mas aquilo era verdade!”

Pois isso explicaria tudo aquilo que sente.

(Mad?)

E sem encontrar respostas, ela coloca em si uma máscara.

Máscara de normalidade. De mente sã.

Máscara pra todos pensarem que ela é feliz, que é saudável, que é completamente normal.

Mas em determinado momento, a máscara vai pesar-lhe. E ela é obrigada a retirá-la.

E sua velha questão volta nesse momento.

(I’m Mad?)

E nunca terá uma resposta.


FIM


P.S: se você gostou do conto e quiser postá-lo em algum lugar, fico lisonjeada. MAS antes disso, fale comigo e quando eu liberar, poste os créditos, ou teremos problemas.

5 comentários:

  1. Ah, ler isso em estado depressivo não foi bom .-. Mas foi, ao mesmo tempo.
    Eu já tinha falado que esse conto me tocou, e reafirmo isso, tanto pelas palavras quanto pelo "formato" do texto (que, aliás, eu adoro). Acho que ele dá uma impressão mais "pessoal", mais parecida com o que passa mesmo nas mentes das pessoas.
    "Não há fuga para si mesmo. Não há fuga para sua mente." - Como eu sei disso '-'
    "E nunca terá uma resposta" - Essa parte que mais dói.
    Mas por que diabos eu preciso tanto de uma resposta? Por que todos precisamos, se não vamos ter de qualquer jeito, pra nenhuma pergunta? Especialmente sobre nós mesmos, não temos resposta alguma sobre nós mesmos. .-.
    (aí, eu já estou divagando, culpa sua e)
    ENFIM, tá ótimo, muito lindo. Parabéns *-*

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  2. Eu amei
    Ai Bruna, você escreve tããão bem *_*
    Amo seus textos, mesmo mesmo \õ.
    Posta mais u_ú

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  3. Belo texto. Parabéns, viu?
    "Não há fuga para si mesmo", "máscara de normalidade"... Me identifiquei tanto com esse texto, que esse tornou-se um de meus favoritos.
    Sua escrita é perfeita, menina. *-*

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  4. "Todos vem. Todos concordam com ela. Todos a compreendem. Em outro instante, tudo se desfaz. Todos esquecem. Menos ela."
    Pois é. Nem tenho muito a dizer Bru, tá muito perfeito. Dá pra se identificar facilmente com as coisas que vc escreve, vc tem o dom de passar os seus sentimentos pessoais pra uma forma universal. Afinal, não estamos sozinhos nos perguntando a mesma coisa, mas sempre vamos nos sentir assim.
    Parabéns mesmo *---*

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  5. =
    Primeiramente Puta-que-pariu... o "conto"
    ( se posso chamar assim ) fico foda demais, nossa... é sério da pra perceber o crescimento dos seus textos nitidamente.
    É espantoso o que vc consegue passar com seus textos nossa !!

    * bate palmas *

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